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Mensagem do Marechal do Samba

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Companheiros do mundo do samba. É com elevada honra que saúdo todos os participantes desta jubilosa comemoração em regozijo a quinquagésima terceira celebração do Dia do Samba em Santos, cidade batuqueira de excelência, uma vez que vem cultuando a tradição, preservando assim as raízes Negras do Samba.

 

Registrar fatos e personagens do passado é um dever para a grandeza do manhã dos sambistas de nossa cidade, pois, em tempos idos, foram consagrados renomados batuqueiros que participaram das batucadas brabas (pernada) no alto do Monte Serrat e na Bacia do Macuco, bem como dos bailes de gafieiras e dos monumentais desfiles carnavalescos.

 

Foi uma época de “resistência”, quando o samba era marginalizado  e repudiado pela sociedade; Seus adeptos eram perseguidos e presos por “vadiagem” ou “malandragem” e até submetidos a castigos corporais de acordo com o rigoroso Código Penal da época.

 

Lembremo-nos que, no inicio do século XX o samba chegou a ser proibido pelas autoridades, sofrendo, preconceito racial e social por ser adotado pelas camadas mais pobres da população, dentre negros, mestiços e “branco negreiros”.

 

Um a vez discriminados, o samba resistiu e prosseguiu numa trajetória vitoriosa ao longo dos anos e decênios até alcançar o seu objetivo primordial: o de ser aceito pela sociedade como dança e como gênero musical. Isso veio acontecer posteriormente, quando foi reconhecido, inclusive, considerado – com toda magnitude – PATRIMÔMINO HISTÓRICO DA CULTURA POPULAR BRASILEIRA. E ganhou até um dia para ser comemorado pelo povo brasileiro que sabe valorizar as coisas de nosso país.

 

De fato, o samba é algo que transcende, é um baluarte inigualável, além de um fator da unidade nacional, através de uma verdadeira legião de adeptos, congregando em sua bandeira, todas as raças, credos e cores. E como tão bem enfatizou o saudoso Dr. FROTA AGUIAR, autor do projeto que criou o dia do Samba:

 

“O samba é no Brasil, o verdadeiro hino a democracia, reunindo pretos, brancos, ricos e pobres, sem distinção de raças, credos e religiões, tendo como o único escopo o engrandecimento do Brasil.”

 

De uns tempos para cá, a tradicional Alvorada do Samba, vem sendo realizada num reduto histórico, onde, outrora, existiu o lendário QUILOMBO DO PAI FELIPE, um africano que trazia na face as marcas da sua realeza, motivo pelo qual, passou a ser aclamado como o Rei Batuqueiro.

 

Seus súditos lhe prestavam vassalagem no seu trono de vime e participavam batucando na Festa da Libertação dos escravos em 1888. Quando a seu antigo reduto, é considerado o “Berço do Samba do Litoral Praiano Bandeirantes.”

 

Esperamos que, daqui pra frente, essa notável data continue sendo celebrada neste local, para que sejam preservadas as tradições do passado, pois, como já dissemos acesa, enobrece o verdadeiro sambista. Isso significa a permanência da continuidade, um dom que passa de gerações para geração, pois jamais poderemos prescindir das lições do passado.

 

Não batalhamos em, vão, uma vez que cumprimos com muita obstinação a tarefa que nos foi atribuída da cidade, bem como a todos os segmentos da sociedade, aos órgãos de comunicação, as valorosas agremiações do mundo do samba e a todos que nos apoiaram ao longo desta venturosa jornada, em defesa do samba.

 

“Não poderíamos deixar de cumprimentar os valorosos sambistas, que continuam fiéis ao nosso ritmo verde-e-amarelo, repelindo  as músicas alienígenas. E nesta altura, chegamos enfim ao término de um trabalho elaborado com dedicação e patriotismo ao longo do tempo, visando uma maior amplitude ao Samba, prestando, inclusive, um relevante serviço ao mundo do Samba de nossa cidade.

 

“A essas palavras, podemos acrescentar:

MISSÃO CUMPRIDA POR GRAÇA DE DEUS, O CRIADOR.”

“salve o dia do samba!

Tudo pelo samba!”

J. Muniz Jr.

Marechal do Estado-Maior do Samba

Introdutor do Dia do Samba em Santos

2 de dezembro de 2015

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Webmaster: Luiz Otávio de Brito

Início do Site 21 de março de 2000, Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial

Direitos da Empreendimento Social Construção da Cidadania Negros e Sambistas da Região de Metrópole Santista, protegidos pela Lei Federal Nº 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Direitos Autorais no Brasil. Publicação realizada pela Câmara Municipal de Santos. 

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